Não nasci na Assembleia de Deus; não converti na Assembleia de Deus; não fui ungido obreiro na Assembleia de Deus. Mas sempre admirei a AD como igreja e sempre tive o desejo de fazer parte de seu rol de membros. E hoje sou, graças a Deus. Meu processo de “migração” para a Assembleia de Deus não ocorreu da forma como imaginava, mas ocorreu. Foi a igreja que melhor me acolheu num dos momentos mais cruciais e tristes da minha vida. Foi ali que encontrei uma Palavra que me preencheu, me tocou e que tanto precisava naquele momento. É na Assembleia de Deus que estou e que pretendo ficar até a volta do Senhor Jesus!
Não é A igreja; não é uma igreja perfeita; está longe de ser uma igreja imaculada. Como em qualquer lugar que esta o homem, aqui também tem seus problemas e defeitos. Mas o que mais me chama a atenção é o fato de buscarem satisfazer a vontade de Deus. Erramos sim, mas tentando fazer o correto. Até chegar aqui já passei por alguns ministérios, alguns sérios outros que não passaram de meros “negócios de ocasião” – sim, eu já errei muito em acreditar em cada baboseira. Coisa que a gente faz quando ainda é inocente, novo na fé, e acha que todo mundo é santo! – e louvo a Deus pois com isso aprendi muito. Hoje, com uma visão um pouco mais apurada e um pouquinho de conhecimento da Palavra do Senhor e, é claro, com o discernimento do Espírito Santo, deixei de cometer alguns erros que cometia, deixei de acreditar em coisas que acreditava e aprendi a analisar melhor tudo o que me é fornecido.
Deixei, por exemplo, de achar que o fato de um culto com muito reteté, crente dançando prá lá e prá cá, linguas estranhas e mais um monte de coisa que vemos por aí, é sinal de que Deus está presente1. Em compensação caiu a ficha de que em todos os cultos ou reuniões, sejam com 2 ou 10 mil pessoas (ou mais), Ele está presente (Mateus 18:20). Neste tempo aprendi a crer e confiar mais em Deus, a ser mais dependente do Senhor dentre outras coisas. Além das tantas que ainda estou aprendendo. Foi um tempo bom, graças a Deus!
Mas agora que estou AD, que por sinal faz pouco tempo, tenho aprendido ainda mais. Tenho crescido aos poucos, com um alimento que dá sustância, saúdavel e que faz bem! Tenho conhecido irmãos e irmã s que são verdadeiros exemplos dentro da Igreja e dos quais quero espelhar muita coisa. Tenho aprendido o verdadeiro significado de servir, da oração, da comunhão dos santos enfim, coisa que eu “achava” que sabia, agora tenho conhecido de verdade. Mas também, e infelizmente, tenho conhecido uma AD que eu nunca imaginava que existia: uma igreja política, com alguns líderes engessados, outros totalmente distantes da realidade da igreja enfim, a realidade da maior denominação do País.
Uma delas, e que me levou a escrever este post pois gerou uma dúvida, é com relação àqueles que fogem a regra. Aqueles que dizem que são mas não são; os rebeldes. Estava eu navegando pelo site da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (www.cgadb.com.br), o orgão que regula – ou deveria – a denominação em nosso País e ao acessar a seção “Nossa posição sobre“, buscando informações sobre um outro assunto, que inclusive quero tratar aqui no blog em outra ocasião, me deparei com algumas instruções a respeito da liturgia em nossas igrejas. Me deparei com o seguinte texto:
“Nós somos pentecostais clássicos, isso significa que somos modelos para os outros, são eles, portanto, eles é que devem aprender com as Assembléias de Deus e não nós com eles, em matéria de doutrina pentecostal. É muita falta de bom senso e de respeito para com nossa denominação copiar grupos neo-pentecostais que sequer sabemos quem são, nem de onde vêm e nem para onde vão.
A avalanche de igrejas neo-pentecostais com liturgias e crenças para todos os gostos, tem levado alguns de nossos líderes a se fascinarem por esses movimentos, imitando e copiando seu sistema litúrgico. Ora, quem pertence a nossa Igreja não está enganado, são crentes que sabem o que querem, que conhecem nossa doutrina, tradição, usos e costumes e com a nossa forma de adoração.”
Diante do exposto me surgiu a dúvida que quero deixar aqui em aberto para que, quem sabe, alguém que tenha a resposta a deixe registrada ou então pelo menos me indique o caminho de como conseguí-la. Pretendo, também, encaminhar esta dúvida para a própria CGADB.
Há atualmente um número expressivo de líderes assembleianos que tem adotado práticas dos movimentos neo-pentecostais alguns, inclusive, chegando a causar escândalos a irmãos ao se apresentarem estéticamente fora dos padrões da AD. Outros apresentando mensagens fora do contexto bíblico, mensagens em nada edificantes que mais parecem serem pregadas para agradar o povo, e não agradar a Deus. Qual a posição da Convenção quanto a isso? O que deverá ou deveria ser feito quanto a estes? Ou tudo vai ficar como está: exigindo-se muito de uns e nada de outros?